quarta-feira, 22 de setembro de 2010

QUEM SABE ASSIM...

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A diferença é que não dá pra usar o slogan "Pior do quenão fica".

terça-feira, 21 de setembro de 2010

PARA ALÉM DO PAPEL E CANETA

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***Publicado no blog Las Palabras***

"Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se  desviará dele". (Pv 22:6)

Em tempos nos quais se discute os rumos da Educação, gostaria de trazer à memória algumas questões hoje pouco discutidas (para alguns, já ultrapassadas), a fim de que, quem sabe, uma reflexão sobre elas nos faça entender melhor o papel do educador na formação de um povo.

Sem ousar ter a pretensão de dar “aula sobre ensino”, acredito, inicialmente, que certas profissões trazem em sua essência um princípio inegociável: seus militantes devem amar o que fazem e acreditar piamente em seu ofício. Uma delas é a Medicina. Imagine-se em uma mesa de cirurgia, nas mãos de um médico que não vê a hora de se livrar dos pacientes para ir embora mais cedo. A outra - em minha opinião, a mais relevante de todas - é a Educação.

Os danos causados por um “educador por falta de opção” não são tão perceptíveis quanto aqueles provocados por um médico não-vocacionado, mas, certamente, são mais graves. As marcas deixadas por um professor carrancudo e impiedoso se reproduzem por toda a vida da criança e do adolescente, traduzindo-se em aversão à escola e aos estudos. Este quadro, quase que invariavelmente, se refletirá, num futuro próximo, no incentivo (ou na falta dele) dado por estes estudantes a seus vindouros filhos.

Obviamente, o problema da Educação formal não se resume à falta de amor à causa de alguns educadores, mas certamente você se lembrará de algum professor que de tão “traumatizante” lhe causou uma “trava” com determinada matéria. Com a mesma intensidade, aqueles professores capazes de transmitir não apenas conteúdo, mas paixão por sua obra, são capazes de inspirarem seus pupilos a seguirem seus passos com denodo.

Precisamos, ainda, de educadores conscientes de que, mais que professores ou orientadores, são verdadeiras vitrines para cada educando.  À medida que a eficácia de nosso modelo educacional enquanto construtor de bons cidadãos têm sido questionada, cabe a cada educador cumprir o papel que livro algum poderia realizar: o de gerar vida para fora do papel e para além de canetas e lápis.

Refiro-me à necessidade de que cada educador seja um exemplo para cada aprendiz. O esvaziamento dos discursos oficiais, positivistas e religiosos, na tentativa de resgatar nossa juventude, apenas pode ser vencido pelo exemplo vivo. É urgente que nossos educadores encarnem na rotina de suas atividades o modelo de educação que sonham. Apenas assim, cumprindo sua parte com paixão, a despeito de os outros não cumprirem ou de não contarem com a estrutura organizacional desejada, poderão tornar em realidade o que fora apenas utopia.

Carecemos de pessoas que ensinem com atitudes, que sustentem de pé o que dizem sentadas. Que possam dizer: “olhe para mim e imite meu exemplo”. Que estejam comprometidas não apenas com aulas, mas com quem assiste a elas. Enquanto nossos infantes não enxergarem em seus ambientes societários, principalmente família e escola, exemplos reais de ética, caráter, fidelidade, honestidade, cidadania e amor às letras, quaisquer outros esforços neste sentido serão em vão.

Por fim, necessitamos de educadores que acreditem de verdade em seus alunos enquanto pessoas criadas e amadas por Deus. Que carreguem consigo a esperança de que seu trabalho é parte concreta do aperfeiçoamento de um ser humano. Que transmitam a seus pupilos o quanto vale a pena acreditar em um futuro melhor e investir em seus talentos. Educadores que acreditem na preservação da família, no resgate da sociedade e no valor único que cada indivíduo possui enquanto pessoa humana, independentemente de onde e como tenha nascido e simplesmente porque existe. Simplesmente. E ponto final.

Edilson de Holanda

sábado, 18 de setembro de 2010

MAX GEHRINGER E COMO CHEGAR AOS 100 ANOS

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Max Gehringer, especialista em mundo corporativo, responde a uma ouvinte que lhe escreveu o seguinte: 'Tenho uma vida pacata e sem ambições. Posso ser vista como uma pessoa acomodada?'

Não deixe de ouvir:

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/max-gehringer/2010/07/08/TENHO-UMA-VIDA-PACATA-E-SEM-AMBICOES-POSSO-SER-VISTA-COMO-ACOMODADA.htm

Reveja suas prioridades, seus alvos e pense se sua correria, todo o seu investimento de tempo, dinheiro e renúncias têm valido a pena. Para onde você está indo? Seu estilo de vida “fast-food, fast-love, fast-god, fast-all” está mesmo lhe fazendo feliz? Não estará, por acaso, entupindo suas artérias físicas, emocionais e espirituais?

Você está plantando para colher a partir de quando? Pelas suas contas, começará a ser feliz a partir de quando? De que data? A partir da chegada de que pessoa em sua vida? A partir da compra de que carro confortável? A partir de que renda mensal?

Tem valido a pena o suor que tem derramado? Onde você tem acumulado rugas: na testa (de preocupações) ou nas bochechas (de sorrisos)?

Domingo passado, estive visitando uma lenda: Chico Sá (foto acima), um senhorzinho aqui de Fortaleza que completou 95 anos. Mais de 30 netos e setenta bisnetos. Um velhinho feliz. Aliás, velhinho é ofensa para ele. Completamente lúcido, de memória invejável e cheio de esperança. Já está planejando sua festa de 100 anos! 

Sem apegos bobos (destes que costumamos acumular durante a vida), sem aquele ranço que os mais idosos costumam ter diante de coisas novas. Sem lamentos ou murmúrios. Apenas prazer de viver e palavras de estímulo aos mais novos. Isso não significa que ele não sofreu na vida, mas que sabe conviver com cem anos de lutas e dar um baile da mediocridade.

E entendi um pouco da receita dessa longevidade saudável: Chico Sá é um homem “relax”. Não guarda mágoas de ninguém, não deseja mal a ninguém. Já perdoou muito, por isso tem um coração curado (em todos os sentidos). Isso faz bem à saúde emocional e evita transtornos psicossomáticos, que são responsáveis por inúmeras doenças (cardiovasculares, neurológicas etc).

O Seu Chico me disse: “Meu filho, tudo que eu preciso, eu tenho. Meus netos gostam de mim. Hoje eles vieram à minha casa, jogaram bola e eu disse: podem brincar, podem quebrar tudo porque isso aqui é de vocês... Comida não falta na minha mesa, graças a Deus. Eu tenho três pares de sandália e quatro de sapato. Faço minha caminhada e agora vou tomar banho de sol. E agora você ma dá licença que eu vou tomar banho, pra vestir minha roupa nova, passar meu perfume e ir à igreja.”

Acho que se Max Gehringer conhecesse a história do seu Chico, contaria à sua ouvinte, lhe estimulando a seguir contente, a despeito dos que lhe pressionam a correr mais que o vento. 

Já eu, se pudesse, diria à ouvinte do Max que muitos dos seus colegas de trabalho que hoje lutam desesperadamente para terem mansões com dez banheiros cada, quando finalmente conquistarem seus objetivos infelizmente estarão fazendo suas necessidades nas calças.

Não sei bem quantos banheiros tem a casa do seu Chico Sá, mas afirmo sem medo de errar que ele, à beira de um século de vida, abre sua janela todos os dias, toma um longo fôlego e diz: "Blá!"

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"ÓBVIO" DO DIA

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"Nova lei converte o agravo de instrumento interposto contra decisão que não admite recurso extraordinário ou especial em agravo nos próprios autos". 

É a lei n. 12.322, de 9 de setembro de 2010. Agora, apenas por curiosidade, gostaria de ver o Lula explicando a notícia. Afinal, ele assinou. Sancionou a lei. Com certeza, rolaria algo como: 

"Companheiros, estou convencido de que nunca antes na história desse país o povo converteu tanto agravo nem comeu tão bem no almoço, na merenda e na janta. Essa é uma conquista histórica. O agravo nos próprios autos é como o time de pelada lá do bairro jogando em casa fazer um gol de bicicleta no último minuto e depois sair correndo pra comemorar com a torcida..."

INTELECTUALÓIDES...

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Dificilmente você verá um intelectualóide sozinho. Atrás de um "intelectual da inutilidade", sempre há uma fila de seguidores. 

Legenda: 

“Intelectualóide: indivíduo que se julga dotado de vasta cultura (ou inebriado com algo parecido) que elabora, sistematicamente, perguntas e questionamentos de pseudo-complexidade, usando palavras menos utilizadas no cotidiano, através da busca incessante de um tema obscuro, capaz de tornar complexo algo simples, de forma a confundir outras pessoas. Deseja demonstrar ser um verdadeiro intelectual e angariar admiradores, através da composição de explicações tumultuadas, sem sentido e inúteis. 

Inspirado em http://is.gd/dkn3f. Adaptado por A Essência da Coisa. 

Aqui uma musica que retrata um Intelectualóide. Ele é chamado de "Kid Cultura".

Você conhece um? Compartilhe comigo...

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

MAU, ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO. MAS QUEM É BOM?

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Me impressiona como tem tanta gente ruim no mundo. Você, certamente, conhece alguém que tem prazer em prejudicar os outros. Que parece ter fogo nos olhos. Que parece incapaz de agradecer por um favor. Que faz questão de entrar numa briga. Um tipo de gente que ficar perto provoca angústia. Alguém que, quando chega, parece que fecha o tempo, esfria a comida, suga o gás da coca-cola, embaça o vidro, murcha as flores, faz o cachorro latir, o gato fugir e os passarinhos pararem de cantar.

Êita! Esse tipo de indivíduo, invariavelmente, carrega grandes traumas, que o faz odiar o mundo e tudo o que esteja nele. Traumas físicos, emocionais... E que culpa temos de estar no mesmo mundo dessas "pessoas intragáveis"?

Perceba como as pessoas perderam o crédito, umas com as outras. Sabemos que, há algum tempo, os contratos eram celebrados sem a necessidade de cartórios, assinaturas ou documentos. Bastava a palavra de cada um, e negócio fechado!

Hoje, desconfiamos de todos. Andamos com medo nas ruas e evitamos qualquer contato com estranhos ou aprofundamento nos relacionamentos que já construímos, com receio de sermos enganados, traídos, tapeados.

Se no direito penal, todos são inocentes, até que se prove o contrário, na vida real, todos parecem ser desonestos, trapaceadores, verdadeiras ameaças, até que provem não ser.

Mas se chamamos determinados seres detestáveis de "maus", quem seria "bom"?

Cristo respondeu: “Não há bom senão um só, que é Deus” (Mt 19:17). Exatamente. Madeira que dá em Chico também dá em Francisco. Jesus acabou, há 2 milênios, com a tentativa de alguém se auto-denominar “bom”. Se não conseguimos cumprir toda a lei de Deus, então nos tornamos igualmente réus, a cada erro que cometemos (sejam pequenos ou grandes aos nossos olhos).

O pecado original, segundo a Bíblia. A natureza egoísta, segundo Hobbes. E, no mesmo saco de pecados (alguns mais, outros menos reprováveis socialmente), todos carecemos da graça de Deus que nos redime e, principalmente, promove em nós o sincero arrependimento e o exercício diário de se perguntar: como posso melhorar?

Mas apenas através dessa Graça somos capazes de remar na contramão de nossa natureza vingativa e "ensimesmada". Quanto aos indivíduos odiáveis que nos cercam, agora aguente: quem sabe você e eu não somos vistos da mesma forma por alguém?

Não há melhor resposta ao ódio que o amor. Isso mesmo. Ame quem lhe odeia. Seja forte o suficiente para dominar a si próprio e não virar a mão no rosto de quem lhe ofendeu, traiu, denegriu ou machucou. Missão tão impossível para você quanto para mim. Mas O Amor em nós pode.

Seja senhor de si o suficiente para entregar esse senhorio àquele que é O Amor e pode lhe fazer capaz de amar.

Vença o ódio e a indiferença sendo e fazendo diferente. A-M-E.

Por Edilson de Holanda