sexta-feira, 19 de agosto de 2011

TEU BRANCO

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De tão branco aos holofotes
Teu descer cada degrau
Toda a luz, pois, deu-me o mote
“Hei cantar-te” em teu sarau

A palidez, santa espera
Pôs-me em pé, em desatino
Enquanto a luz, a noite dera
Velava os sonhos, eu menino

Uma cor que te define
União de todas mais
A pureza que retine
Branco em tanto faz-me em paz

O que anela a tal brancura?
Sentimento incolor?
Decisão que em mim perdura
Para sempre, esse amor

Reinventas, pois, a Língua
Clareando enquanto penso
Se meu verbo fica à míngua
Tua “branqueza” já invento

Se'strela em lume tem clareza
Branco em pó que despedaça
Tu reúnes a beleza
Faz cristal, me deixa em graça

Clara em neve tinge o prisma
Pigmentos de princesa
Um fascínio e uma cisma:
De qual reino tal beleza?

No arco-íris, pote em ouro
Quem mais rico que o amor?
Resplandece esse tesouro
Faz louvar o teu Cultor

Coloristes de inocência
Alma sã em efusão
Como brado em confidência
“Eu te amo” em oração

Alva, pele, musa em prosa
Do escritor toma a retina
Empunha a pena impetuosa
Tece um poema e assina

sábado, 6 de agosto de 2011

SIM, VOCÊ MARCHOU PARA MIM

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Eu te vi descendo aquela escada. Adornada, como muitas. A mais linda de todas, como já previa.
Tua marcha, anunciada por uma trombeta. Tuas mãos que não precisaram do corrimão. Teus passos lentos, curtos, mas firmes.

Teu rosto, que do pé do altar eu já perscrutava, me mostrava o que eu também já pensava: bastava pouca maquiagem. Teu rosto, a suavidade da felicidade que saia do teu sorrido, na verdade dispensariam qualquer pó. Teu vestido completava tua beleza, mas me perdoe: importava mesmo olhar tua pele.

Vi e sei: estavas tremendo. Mas senti teus olhos procurando os meus e ansiando por segurança. Um suspiro te disse sem palavras: calma, meu amor.

Tua elegância, degrau por degrau. Tua formosura terna, delicada, aquele ímã que sempre me atraiu a você.

Esperei pacientemente aquele tapete vermelho ser tomado por tua veste branca e pelo véu que te seguia. Nunca uma cor representou tão bem alguém. Branco. Branca, alva, linda, pura. Amor puro.

A multidão se levantava e se virava pra ver aquela pérola da criação divina, moldada com extremo  cuidado e esmero, desfilar leve com uma pluma até encontra seu querido. A música dizia tudo: "Eu vejo você com o brilho das estrelas lá do céu... Eu te amo e me entrego a você. Pra sempre te amo e, aos olhos do Senhor, eu contigo viverei, amor, na alegria ou na dor"

Bem que te vi: tu caminhaste até alguns metros de mim. Parou. Me despedi de meus pais. Dei alguns passos e fui até você. Abracei seu pai, com a honra de quem cumprimenta o pai de uma princesa. Ele beijou sua testa e saiu. Pronto. Dali pra frente, eu assumia deu lado direito. De princesa do reino a rainha de minha felicidade.

Senti de propósito tua mão para completar o que meus olhos já tinham começado: a missão de te acalmar para experimentar o dia mais lindo de nossas vidas. E você aos poucos foi se acalmando...

Para o encontro que selava aquilo que já sabia há dez anos, sete meses e três dias: que te amo.

Que tu és a minha companhia definitiva

E que tu me inspiras. A amar, sonhar, esperar... cantar...

E também a escrever...

Em rima, prosa e verso...

Sim, te digo sim e te prometo.

Como há nove dias marchastes para mim.

Quero noventa anos de inspiração para pôr em palavras a Essência do que é amar você.

Minha esposa.

CASOU!

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Este blogueiro casou.

A Bíblia é sábia ao desaconselhar a separação e ao anunciar que Deus odeia o divórcio.

Além das razões óbvias que envolvem o amor, que é uma decisão, mas que um sentimento, fica uma constatação:

Casar dá trabalho. Muito trabalho mesmo.

Só casaria de novo se fosse com o mesmo ser lindo e rosado que Deus me deu por mulher.

Passada a quarentena de preparações para o casório, a inesquecível cerimônia, a linda lua de mel, a arrumação da casa...

"Estou achando" que estou de volta!!!

Mas não se preocupe: este blogueiro nunca esteve tão feliz.

E agora, escrevendo de novo...

Continue na Essência...

Por Edilson de Holanda